Vaivém da balança torna emagrecimento cada vez mais tortuoso
São Paulo - O efeito sanfona ou ioiô, nomes populares para as mudanças de peso, geralmente atinge mais quem se submete a dietas relâmpagos. A pessoa perde peso, mas não consegue mantê-lo. E, com o tempo, o emagrecimento torna-se cada vez mais tortuoso, exigindo sempre mais esforço para emagrecer.Segundo a nutricionista Lara Natacci Cunha, especialista em Transtornos Alimentares pela Universidade de Paris V e uma das criadoras do programa de emagrecimento Diet Net, o efeito sanfona acontece porque a perda de peso rápida gera uma eliminação de massa magra (músculos e água), muitas vezes maior do que a de gordura corporal. "Quando a pessoa deixa a dieta restritiva e passa a se alimentar como antes há o ganho de peso na forma de gordura", explica Lara.
No próximo regime, a pessoa vai precisar comer ainda melhor e malhar um pouco mais para perder uns quilinhos. Segundo o endocrinologista Mauricio Hirata, da clínica Bio Hirata, as dificuldades extras surgem por diversos motivos. "Com a idade, o metabolismo cai e fica cada vez mais difícil emagrecer", explica o especialista. É preciso considerar também a natureza "poupadora" dos nossos genes. "Nosso corpo entende que cada vez que passa por um período de restrição calórica, ele precisa poupar mais energia para funcionar", explica Hirata.
Se o efeito sanfona é prejudicial, permanecer gordo é igualmente ruim. "A pessoa não pode partir do princípio que vai engordar toda vez que começar um regime", diz Hirata. O ideal, segundo o endocrinologista, é se precaver contra o efeito sanfona. Isso pode ser feito de várias formas, mas a principal delas consiste na mudança dos hábitos. Ou seja: por mais que o paciente tenha usado remédios, precisa também fazer reeducação alimentar e exercícios físicos.
Outro conselho do especialista é não comer tão pouco quando se está no peso certo. "Caso contrário, o corpo irá se acostumar à privação", explica o endocrinologista. Ele ressalta, por último, a importância da manutenção do peso. "O tratamento da obesidade é crônico", explica Hirata.
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