sábado, 29 de agosto de 2009

Os homens desejam as mulheres que não existem

Por Arnaldo Jabour

Está na moda - muitas mulheres ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pêlos pubianos nos salões de beleza. Ficam penduradas em paus-de-arara e, depois, saem felizes com apenas um canteirinho de cabelos, como um jardinzinho estreito, a vereda indicativa de um desejo inofensivo e não mais as agressivas florestas que podem nos assustar. Parecem uns bigodinhos verticais que (oh, céus!...) me fazem pensar em... Hitler.
Silicone, pêlos dourados, bumbuns malhados, tudo para agradar aos consumidores do mercado sexual. Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão, me sinto mais só, diante de tanta oferta impossível. Vejo que no Brasil o feminismo se vulgarizou numa liberdade de 'objetos', produziu mulheres livres como coisas, livres como produtos perfeitos para o prazer. A concorrência é grande para um mercado com poucos consumidores, pois há muito mais mulher que homens na praça (e-mails indignados virão...) Talvez este artigo seja moralista, talvez as uvas da inveja estejam verdes, mas eu olho as revistas de mulher nua e só vejo paisagens; não vejo pessoas com defeitos, medos. Só vejo meninas oferecendo a doçura total, todas competindo no mercado, em contorções eróticas desesperadas porque não têm mais o que mostrar. Nunca as mulheres foram tão nuas no Brasil; já expuseram o corpo todo, mucosas, vagina, ânus.
O que falta? Órgãos internos? Que querem essas mulheres? Querem acabar com nossos lares? Querem nos humilhar com sua beleza inconquistável? Muitas têm boquinhas tímidas, algumas sugerem um susto de virgens, outras fazem cara de zangadas, ferozes gatas, mas todas nos olham dentro dos olhos como se dissessem: 'Venham... eu estou sempre pronta, sempre alegre, sempre excitada, eu independo de carícias, de romance! '
Sugerem uma mistura de menina com vampira, de doçura com loucura e todas ostentam uma falsa tesão devoradora. Elas querem dinheiro, claro, marido, lugar social, respeito, mas posam como imaginam que os homens as querem.
Ostentam um desejo que não têm e posam como se fossem apenas corpos sem vida interior, de modo a não incomodar com chateações os homens que as consomem.
A pessoa delas não tem mais um corpo; o corpo é que tem uma pessoa, frágil, tênue, morando dentro dele.
Mas, que nos prometem essas mulheres virtuais? Um orgasmo infinito? Elas figuram ser odaliscas de um paraíso de mercado, último andar de uma torre que os homens atingiriam depois de suas Ferraris, seus Armanis, ouros e sucesso; elas são o coroamento de um narcisismo yuppie, são as 11 mil virgens de um paraíso para executivos. E o problema continua: como abordar mulheres que parecem paisagens?
Outro dia vi a modelo Daniela Cicarelli na TV. Vocês já viram essa moça? É a coisa mais linda do mundo, tem uma esfuziante simpatia, risonha, democrática, perfeita, a imensa boca rósea, os 'olhos de esmeralda nadando em leite' (quem escreveu isso?), cabelos de ouro seco, seios bíblicos, como uma imensa flor de prazeres. Olho-a de minha solidão e me pergunto: 'Onde está a Daniela no meio desses tesouros perfeitos? Onde está ela?' Ela deve ficar perplexa diante da própria beleza, aprisionada em seu destino de sedutora, talvez até com um vago ciúme de seu próprio corpo. Daniela é tão linda que tenho vontade de dizer: 'Seja feia...'
Queremos percorrer as mulheres virtuais, visitá-las, mas, como conversar com elas? Com quem? Onde estão elas? Tanta oferta sexual me angustia, me dá a certeza de que nosso sexo é programado por outros, por indústrias masturbatórias, nos provocando desejo para me vender satisfação. É pela dificuldade de realizar esse sonho masculino que essas moças existem, realmente. Elas existem, para além do limbo gráfico das revistas. O contato com elas revela meninas inseguras, ou doces, espertas ou bobas mas, se elas pudessem expressar seus reais desejos, não estariam nas revistas sexy, pois não há mercado para mulheres amando maridos, cozinhando felizes, aspirando por namoros ternos. Nas revistas, são tão perfeitas que parecem dispensar parceiros, estão tão nuas que parecem namoradas de si mesmas. Mas, na verdade, elas querem amar e ser amadas, embora tenham de ralar nos haréns virtuais inventados pelos machos. Elas têm de fingir que não são reais, pois ninguém quer ser real hoje em dia - foi uma decepção quando a Tiazinha se revelou ótima dona de casa na Casa dos Artistas, limpando tudo numa faxina compulsiva.
Infelizmente, é impossível tê-las, porque, na tecnologia da gostosura, elas se artificializam cada vez mais, como carros de luxo se aperfeiçoando a cada ano.. A cada mutação erótica, elas ficam mais inatingíveis no mundo real. Por isso, com a crise econômica, o grande sucesso são as meninas belas e saradas, enchendo os sites eróticos da internet ou nas saunas relax for men, essa réplica moderna dos haréns árabes. Essas lindas mulheres são pagas para não existir, pagas para serem um sonho impalpável, pagas para serem uma ilusão. Vi um anúncio de boneca inflável que sintetizava o desejo impossível do homem de mercado: ter mulheres que não existam...

O anúncio tinha o slogan em baixo: 'She needs no food, no stupid conversation.
Essa é a utopia masculina: satisfação plena sem sofrimento ou realidade.
A democracia de massas, mesclada ao subdesenvolvimento cultural, parece 'libertar' as mulheres. Ilusão à toa. A 'libertação da mulher' numa sociedade ignorante como a nossa deu nisso: superobjetos se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor e dinheiro. A liberdade de mercado produziu um estranho e falso 'mercado da liberdade'. É isso aí. E ao fechar este texto, me assalta a dúvida: estou sendo hipócrita e com inveja do erotismo do século 21? Será que fui apenas barrado do baile?



Arnaldo Jabour

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Escolhas

Há uma fábula sobre um coelho e uma bruxa que nos ensina sobre o poder da ESCOLHA.
A bruxa e o coelho viviam juntos na floresta, passavam dias a fio conversando e caminhando pelas muitas trilhas arborizadas. Um dia, a bruxa convidou o coelho para acompanhá-la a uma outra cidade.
O coelho não queria ir, mas nada disse.Foi caminhando ao lado da bruxa, conversando, como se tudo estivesse bem. Após andarem por algum tempo, pararam para descansar e o coelho então falou: estou com muita sede.A bruxa arrancou uma folha da árvore, soprou e presenteou o coelho com uma cabaça de água fresquinha.O coelho aceitou a cabaça, bebeu a água e nada disse.
Continuaram andando,e pararam outra vez para descansar quando o coelho disse: estou com muita fome.A bruxa pegou uma pedra, soprou-a e a transformou num punhado de rabanetes. Não era bem isso que o coelho queria comer, mas comeu e nada disse.
Continuaram a jornada, um pouco depois o coelho caiu e se machucou.A bruxa colheu folhas e pedras e com algumas palavras mágicas fez um unguento que colocou sobre o machucado do coelho curando-o.
A seguir a bruxa transformou- se em uma águia , agarrou o coelho , e levantou voo levando o coelho para seu ninho, onde o deixou e saiu voando outra vez.
Ao voltar, não encontrou o coelho.

Um dia por acaso, a bruxa deu de cara com o coelho na floresta e perguntou: por quê tem se escondido de mim?
O coelho respondeu: Saia de perto de mim! Tenho medo de você e de sua mágica que me impõem aquilo que não quero.Os olhos da bruxa encheram-se de lágrimas e então ela disse: eu o ajudei porque achei que vc fosse meu amigo.

Você aceitou meus presentes mágicos, e agora vira-se contra mim?
Por isso, vou amaldiçoá-lo. Deste dia em diante, quando você não expressar os seus desejos, perderá a capacidade de desejar. E quando não tiver desejos e sentir medo, aquilo de que você sente medo cairá sobre você.
Moral da história: aquilo que você não escolher, escolherá você, e o que você temer, encontrará você.

Nós sabemos que precisamos fazer escolhas, mas o problema é que temos medo de fazer a escolha errada.

Em alguns casos, deixamos de escolher por medo de trocar o velho pelo novo, o conhecido pelo desconhecido. Eis a essência da escolha: a habilidade de expressarmos nossos desejos e de pisarmos em território novo e desconhecido.
Nós não nos damos conta de que a escolha é uma mestra divina, pois, quando escolhemos, descobrimos que nada é colocado em nosso caminho por acaso.
Quando escolhemos seguir um caminho, ou nos envolver em uma atividade é porque esta escolha tem uma lição para nós.Quando ficamos imobilizados, e nos recusarmos a escolher, perdemos a oportunidade divina de desenvolver nossa intuição e obedecer o que manda nosso coração.
A pessoa que se dispõe a escolher conscientemente leva uma enorme vantagem, porque, sempre que perceber que o que foi escolhido não serve mais, para o seu bem, tem a capacidade de escolher outra vez.

IYANLA VANZANT

domingo, 23 de agosto de 2009

I finally found someone - Barbra Streisand & Bryan Adams

Adoro ler jornal, o de domingo, especialmente.Procurando uns cursos , acabei dando de cara com uma reportagem da Barbra Streisand.Com 67 anos, ela é uma mulher linda e realizada .Entre premiações como Oscars,Grammys e Emmys ela já vendeu mais de 100 milhões de álbuns de músicas.Seu primeiro filme estreou em 1968 e desde então sua carreira foram só sucessos.Recentemente ela doou 5 milhões de doláres para Cedars Sinai Medical Center em Los Angeles para mulheres com problemas cardiovasculares.
Escolhi um vídeo bem legal .Curtam



Filmes que valem a pena assistir

  • Amar, Comer e Rezar
  • Adjustment Bureau
  • Grown Up (2010)
  • Cartas para Julieta (2010)
  • Two Weeks Notice (2002)
  • Eat , Pray ,Love (2010)
  • Julie & Julia
  • Delivery Milo
  • No reservation - Catherine Zetta Jones
  • Majestic - Jim Carrey
  • Andando nas nuvens - Keane Reeves
  • Maid in Manhattan - Jennifer Lopez
  • What Dreams May Come - Muito além do jardim - Robin Williams
  • Shirley Valentine - Pauline Collins
  • Mamma Mia - Meryl Streep
  • Forest Gump - Tom Hanks
  • Tomates Verdes Fritos -Jessica Tandy
  • Cinema Paradiso-Giuseppe Tornatore

Livros Mais Vendidos

  • O Segredo - Rhonda Byrne
  • Comer, Rezar, Amar - Elizabeth Gilbert
  • A Menina que Roubava Livros -Markus Zusak

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